Viaturas Históricas
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Breve histórico do jeep anfíbio Ford GPA
Pouco depois do jeep entrar em produção em massa, já com a Willys e Ford produzindo simultaneamente o MB e o GPW, o Departamento de Defesa americano foi alertado pelos militares da necessidade de um veículo de 1/4 de tonelada anfíbio, que teria papel importante em operações de desembarque, já imaginadas nas ações tanto no teatro europeu como no Pacífico, com a entrada dos Estados Unidos na guerra. Assim, em fevereiro de 1942, começaram os trabalhos de transformar o jeep num veículo anfíbio. Este trabalho de criação e desenvolvimento coube a Ford (usando inicialmente o Gp e depois o GPW) e a firma Marmom Harrington (que usou o Willys MA), que colocaram seus protótipos em teste ao longo de alguns meses. O modelo da Marmom Herrington era o QMC-4 e o da Ford, o GPA. O modelo da Ford superou em performance o QMC-4 e foi o escolhido. Em abril, foi dado o ok para início da produção, que só começou em outubro de 1942, devido a problemas com ferramentas para fabricação.

O protótipo Marmom Herrington usou o
chassis do Willys MA. Era mais angulado
Fotos Mark Askew "Rare WWII Jeep"

O protótipo do GPA, já parecia com o modelo de produção.Não tinha o frisado lateral, mas o Ford estampado nas laterais da "proa".
Fina ironia: a Ford desta vez ganhava uma concorrência, mas se utilizando de um veículo patenteado pela Willys (o GPW)...

Desta vez, quem ganhou a concorrência para produzir o jeep anfíbio foi a Ford, que denominou o modelo como Ford GPA, sendo: G = government, P=dist. entre-eixos-80pol e A= amphibian.
GPA em Dallas, MVPA 2002. Esse é um "early prod", com 2 frisos na "proa" e sem frisos na moldura da cabine
A capota restringia o uso do GPA, por isso, era raramente usada
Os GPA podem ser identificados em duas fases de produção: os "early production" ao longo de 1942 e os "late production", de janeiro até maio de 1943 (podemos generalizar: os "early" são os 42 e os "late" são 43). A carroceria recebeu um reforço na forma de frisos prensados na chapa. As diferenças entre os dois períodos de produção são muito sutis, sendo mais notáveis no painel (com menos placas de instrução no "early" e várias placas no "late"), chapeamento nas laterais (o "early" tinha apenas dois frisos nas laterais da "proa", o "late" tinha três), volante de baquelite nos 42 e raiado nos 43 e detalhes menores. Foram produzidos apenas 12.788 GPAs ao longo da curta produção. O guincho do tipo cabrestante era padrão para o GPA. Eles podiam levar até 5 passageiros, mas isso não era muito recomendável na água. Raramente se via um GPA com a capota de lona, que restringia o uso do banco de trás quando levantada. Um par de ábas de lona era usado ao lado do pára-brisas, para evitar o "spray d´água" ao navegar. Para ajudar na arrebentação, havia um "quebra ondas" retrátil na frente do GPA. O silenciador era sobre o capô, na frente do pára-brisas, por razões óbvias.
Conforme mostrado aqui no site, por ocasião da visita e "test drive" do GPA pelo CVMARJ, na fazenda do S. Chico Barcellos (veja detalhes na sessão FORUM), comprovamos que o veículo é de fácil navegabilidade, mas um pouco limitado em matéria de off-road. Mesmo assim, o veículo atestou uma boa versatilidade, deixando atrás o rival alemão, Schwimmwagen 166, a versão "patinho na lagoa" do Kübelwagen, desenhado pelo engenhoso Ferdinand Porshe... O GPA é mais robusto e prático, mas o Schwimm é um belo exemplo de ergonomia (e tinha uma capota que funcionava)...
Mesmo sendo um "Porshe", o GPA dava "banho" no rival. Mas o Schiwmm era melhor que o GPA fora d´água Outro "early prod". Notar a moldura do compartimento
de passageiros, sem o frisado. Notar as abas de lona.
Um "late prod", com os frisos na moldura lateral
O GPA também era chamado de "Seep", um apelido baseado em "Sea-Going-Jeep", algo como "jeep maritmo". Seus angulos de ataque e saída eram de 35 graus. Largura de 1,62m, altura de 1,67m (para-brisas levantado) e comprimento de 4,5m. Velocidade estimada de 8km/h n´água e 80km/h em terra.
Muito se falou sobre o GPA como um projeto fracassado, mas ao que parece, seu uso foi superestimado. As operações em desembarques em praias exigiam muito da performance dele. Sua capacidade de carga e pessoal era limitada.
O já conhecido jipe russo GAZ, na versão anfíbia (pós-guerra).
O motor não era potente o suficiente para vencer correntezas muito fortes em rios, arrebentações mais fortes nas praias ou vencer margens muito íngremes. Seus compartimentos do casco viviam cheios d´água, sendo que as bombas de recalque (mecânicas ou manuais) nunca deixavam estes compartimentos totalmente vazios. O pequeno GPA não correspondeu às exigências extremas de seus comandantes americanos... Entretanto, houve uma surpresa: o GPA foi um grande sucesso quando recebido pelo Exército Vermelho (os Estados Unidos mandaram boa parte da produção para os russos), que funcionou muito bem para cruzar rios nas ações das estepes russas e no Leste Europeu. Ao fim da Segunda Guerra, os russos fabricaram o seu próprio jeep anfíbio, com melhorias no projeto original (melhores ângulos de ataque e saída). Certamente, os russos fizeram melhor uso do pequeno e valente Ford GPA e do seu conceito...
Fonte: "Rare WWII Jeeps", Mark Askew, Jeep World; Jan Roelse, Anphibians, Holand.
O Hummer que veio das Arábias...
Pensamos que o Hummer tinha ar condicionado... lêdo engano.
A última geração do jeep já tem mais de 30 anos. Daí que podemos dar um espaço (ele precisa, e muito!) para o Hummer que encontramos no evento da CIBld nesse ano. O "gigante gentil" não parece tão monstruoso na hora de dirigir, fato esse atenuado pela direção hidráulica e câmbio automático. Ele é blindado para tiros de .30, inclusive nos vidros. Possui mecanismo de controle da calibragem dos pneus. Detalhe: o consumo do v8 diesel não é nada modesto: 3 km/litro...
Mecanismos de portas e vidros bem espartanos No interior, uma ampla plataforma para receber acessórios
A tampa traseira tem levantamento com amortecedores de ar
Detalhes da escotilha para metralhadora, interno e externo
No Hummer, é tudo grande. Também, para caber o Swartznegger...
  Curiosos caracteres em árabe... painel, placas Pressão dos pneus... Conseguimos dar a partida mesmo assim  
Já tem gente querendo por desses bancos no 42...
LAND ROVERS MILITARES

Modelo MKI atravessa riacho rodando sobre cabos (1950)
No final dos anos 40, a Inglaterra apresentou a sua versão para o jeep americano, inicialmente para uso civil, mas depois adaptada para uso militar (maio de 49). A França "herdou"a Willys com o Hotch Kiss, mas ainda criou um clone do Land Rover, chamado Delaroy, um jeep de mecânica muito sofisticada, para não dizer que quebrava fácil. Voltando ao assunto, os Land Rovers militares eram baseados na plataforma do modelo MKI, de 80 pol entre eixos. Foram muitas versões, como os MKII, MKIII, etc.

Versão anfíbia do MKI, com flutuadores laterais...
Mais tarde, modelos de 100pol foram usados, como os famosos 'Pink Panthers", versão moderna dos "Ratos do Deserto", que eram pintados de rosa para se confundirem coma paisagem desértica.
Pink Panther, o "rato do deserto cor-de-rosa" Santana, feito na Espanha... Protótipo português...
Uma versão blindada chamada de Shorlands, ficou conhecida por causa dos conflitos na Irlanda do Norte 
Minerva bélga... Versão suíça com 100pol entre eixos... Shorlands, versão blindada do Land Rover
A versão atual do modelo 110 foi usada com sucesso na guerra do Golfo, onde até um pelotão americano encomendou destes veículos, que tiveram uma performance excelente.
Versão militar do 110, chamada de High Capacity Desert Patrol Vehicle
Tudo bem que estamos falando de alguns Land Rovers modernos, mas a verdade é que o design desses veículos mudou pouco desde os primeiros apresentados, o que torna estes veículos representantes de um conceito tão bom que perdura até hoje, depois de tantos anos.
Raio x do modelo militar XD,
mais complexo e muito mais caro que o civil
  Jeeps com metralhas
amplie

Aqui vão mais fotos dos Jeeps da Segunda Guerra armados…
O João Paulo Lopes nos mandou várias fotos de jeeps com suporte para .30 e .50. No desenho, mostra-se a posição de travamento quando não em uso: no furo inferior para a .30 e no superior para a .50 .

Era reconhecido o fato das .50 serem muito pesadas para a extrutura do jeep, sendo comum que o assoalho empenasse ou até rachasse com o uso dessa metralhadora pesada.

Observar que, mesmo com o parabrisas levantado, a metralhadora ficava em posição de uso

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