HISTÓRIA dos BLINDADOS |
O
M-8 Greyhound de Valença- Este veículo blindado
usado pelo Esquadrão de Reconhecimento da FEB na Itália,
é mantido pelo quartel do Batalhão de Infantaria
da cidade de Valença, RJ e já foi mostrado no nosso
site com fotos de Expedito Bastos. Notar a caixa de munição
presa na dianteira e o anél/trilho de metralhadora externo,
ao redor da torre. Quem não conhece bem o Greyhound, não
sabe que a torre do canhão de 37mm é aberta em cima.
Notar o porta binóculo à direita do canhão,
comando de giro à esquerda e prendedores de munição
do canhão ao redor da área interna da torre. O anel
lateral externo pode receber uma .30 ou .50. |
Detalhes
do M-3A1 do 24º Batalhão de Infantaria Blindada
- Algumas fotos desse exemplar de meia-lagarta mantido pelo 24
BIB, "adotado" pelo CVMARJ, conforme anunciamos no ano
passado. As fotos falam por si. O veículo é usado
nas cerimônias do batalhão, sendo o carro porta-bandeira.
A grade blindada do radiador pode ser aberta e fechada de dentro
da cabine.
O interior ainda se encontra bem íntegro, mas faltam pequenos
detalhes. Em destaque, o suporte de metralhadora circular M-49,
que determina ser esse um M-3 modelo A1.
A porta traseira identifica o M-3. detalhe das escadas de acesso
e do rack lateral, usado para acessórios, minas, etc...
A armação da capota está completa, faltando
apenas o loneamento correto. O CVMARJ vai tentar reproduzir uma
capota de lona correta para
o M-3...
Os meia-lagartas brasileiros foram repotencializados com motores
diesel nos anos 70, como no caso desse exemplar. As tampas do
capô, portas e para-brisas em chapas de 5mm são incrivelmente
pesadas...
O meia-lagarta do 24BIB está realmente muito íntegro.
Notar que os para-lamas devem ser de um M-2, devido ao estilo
dos faróis e grades adicionais aos farois do M-3 ao lado
da grade dianteira. Minas anti-carro da época da Segunda
Guerra estão no rack lateral.
Esperamos uma oportunidade especial para levar o M-3A1 num evento
do CVMARJ, rodando ou numa rampa... Aguardem! |
M-8 Greyhound - usado pela FEB na Itália.
No meio de 1941, surgiu o desenho de um veículo blindado leve
que correspondeu as expectativas do Ordnace Department (departamento
de intendência americano), frente as necessidades que surgiam
no front do Norte da África. Depois de muitos protótipos e idéias,
surge o melhor design para um veículo de 6 rodas, que ficou conhecido
como T-22, protótipo da Ford, que veio a ser o M-8 Greyhound,
que entrou em produção em Maio de 42. O
apelido Greyhound foi dado pelos ingleses. Possuia tração nas
seis rodas e uma torrêta com teto aberto, com canhão de 37mm e
metralhadora .30, mais uma .50 num suporte externo. O motor era
o conhecido Hercules JXD de 110hp, que também equipou muitos
outros blindados como o Scout Car e M-2. A torre se movia manualmente
por uma manivela e depois teve giro mecânico com duas velocidades
nos últimos modelos. Os espaços entre os paralamas tinham racks
ou caixas para levar equipamentos, minas ou suportes para galões.
A
versão sem torrêta do M-8 foi chamada de M-20, que era
bem mais leve, mais usado para transporte de tropas, radiocomunicações,
observação de posto avançado, transporte de aquipamento etc. Usava
em geral apenas uma .50 num rack de metralhadora padrão (M-40).
A torre foi substituida por uma moldura quadrada que podia ser
coberta por uma lona. Os M-8 e M-20 foram muito empregados
em todas as frentes de combate, tendo sido usados pelo Esquadrão
de Reconhecimento da FEB, na Itália, comamndado pelo então capitão
Plínio Pitaluga. Relatos das ações do ER contam que um dos 13
M-8 brasileiros foi destruido por um tiro de "panzerfaust", bazuca
anti carro alemã. Esses M-8 voltaram da Itália para o Brasil e
muitos outros foram adquiridos depois do fim da guerra, do exército
americano. |
Half Tracks - De todas as firmas envolvidas em desenvolver
os pedidos do Ordnance Departament para um caminhão com esteiras,
as companhias Diamond T e White Motor Company acabaram prevalecendo
com seus modelos de "meia-lagarta". A idéia era utilizar chassis
de caminhões que já estivessem disponíveis para adaptar a superestrutura
de um veículo blindado com lagartas no conjunto traseiro e facilitar
ao máximo a produção. Assim, o nosso conhecido M-3 Scout Car
recebeu uma suspensão traseira com dois trens flutuantes de
rodas (Timken F35-HX-1), altamente flexíveis conforme o
terreno, rodando sobre esteiras de borracha (que duravam umas
1500 milhas). Assim, ambos M-2 e M-3 entraram em produção
em Outubro de 1940. Equipados com motor White de 6cil, com 127hp.,
esses motores eram intercambiáveis com os JXD, do M-8 Greyhound.
Foram
muitas as versões dos half tracks, capazes de causar uma grande
"salada", mas as mais comuns e fáceis de identificar eram o M-2
e o M-3. O M-2 (11.415 produzidos), não tinha
porta traseira e tinha caixa de ferramentas logo abaixo do paralama
dianteiro direito, com um trilho para metralhadoras em anel ao
redor do compartimento traseiro. O M-3 (2.862 produzidos)
tinha porta traseira e não tinha caixa de ferramentas nem o trilho
para metralhadora, mas o suporte padrão M-40, igual aos usados
no M-20. O M-4 era usado como porta-morteiro, sendo reforçado
na sua estrutura para aguentar os impactos do disparo do morteiro
de dentro da carroceria, assim como os outros M-3 com canhões
de 75mm, dentre eles o T-19. O M-16 tinha um conjunto
de 4 metralhadoras .50 sincronizadas para uso antiaéreo. Os
half tracks foram usados em todas as frentes de combate, sendo
que o Brasil usou 5 deles no seu Esquadrão de Reconhecimento na
Itália, além de receber muitos no pós-guerra. |
O
M2 foi o primeiro meia-lagarta a ser produzido.
Não tinha porta traseira. |
O
M3, versão melhorada do M2, tinha porta traseira.
Usado pela FEB na Itália. |
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Detalhe
do cilindro de escape dianteiro- fazia o veículo "rolar" ao
entrar e sair de valões. |
Guincho usado nos M2 e M3. |
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M3A1
Scout Car -carro blindado leve de 4 rodas, com chassis
de caminhonete civil, se provou pouco eficiente, mas foi
muito usado ao longo da Segunda Guerra, principalmente no
teatro de operações europeu. Motor de seis cilindros e tração
nas 4 rodas. |
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Scout
Car aguardando restauração... em algum lugar do Brasil |
Scout
Car finamente restaurado nos EUA |
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Caminhão
meia-lagarta pesado (18ton) Famo - Usado para rebocar os temíveis
canhões de 88mm, também rebocava tanques. O mais conhecido veículo
do gênero feito pelos alemães, esse exemplar foi restaurado na
Inglaterra, sendo o único existente no mundo (foto tirada em Beltring
99). O termo "meia-lagarta" é genuíno para
todo caminhão com lagarta atrás. No caso do Famo
ou do SdKfz 9, ele se enquadra na categoria trator para canhões.
Curiosamente alguns modelos de tratores para canhões alemães
que foram usados no Brasil do início dos anos 40, desapareceram
sem deixar vestígios, apenas documentos oficiais do contrato
de compra na época.Várias firmas fabricaram este
tipo de veículo-Krauss-Maffei, Mercedes, Famo |
SdKfz
251 Hanomag- Carro de combate alemão muito usado
em todas as frentes de combate. Teve diversas versões
- canhões de 75mm, Flak antiaéreo, Pak 40...
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SdKfz
251Hanomag- Os 251 tinham: 2.6 ton- 5,7m compr.-2m larg-
1,70m alt., motor Maybach a gasolina de 6cil em linha e 100hp,
chegava a 60km/h e autonomia de 320km. Continuaram a ser fabricados
por uma firma Tcheca (Tatra) após a guerra , durante algum
tempo." |
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Caminhão
meia-lagarta leve Demag- Os alemães tinham um sem número
de veículos do gênero e esse também foi muito usado em todas
as frentes de combate. Mais uma restauração presente em
Beltring. É bom lembrar que blindados alemães da Segunda
Guerra são muito raros de se encontrar atualmente... |
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Essa
é uma moto que não é moto, ou tanque que não é tanque, mas está
na categoria de veículo militar de transporte. A Kettenkrad
HK 101, foi desenhada em 1940 e fabricada pela NSU, fábrica
de motos alemã. Tinha 1.2ton, motor Opel 1.5 de 36Hp, levava até
400Kg e puxava até 800Kg. Foi muito usada no deserto e onde quer
que uma moto ou Kübelwagen não passavam. Depois da guerra, ainda
foi fabricada por um curto período pela própria NSU. |
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