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Pintura
e marcas corretas para um veículo: eis um assunto muito extenso,
com muitos detalhes e variações. Faremos uma primeira
abordagem bastante elementar. |
Veículos da Segunda Guerra |
Muito
se discute sobre o verde oliva fosco correto para veículos
dos anos 40. A verdade é que havia uma pequena variação
entre os muitos fornecedores de tinta, mas no geral, o verde oliva
"olive drab" era a regra. Além disso, o uso e desgaste
dos veículos resultava em muitas variações
da tonalidade do verde, sendo que a tinta fosca é mais abrasiva,
manchando e "desbotando" facilmente. Como já sugerimos
aqui no site, a melhor e menos complicada maneira de se conseguir
uma cor correta para seu jeep ou veículo dos anos 40, é
usar como amostra uma tinta de plastimodelísmo, na cor "WW
II Olive Drab", ou apenas "Olive Drab", levá-la
numa loja de tintas automotivas e copiar a cor, lembrando que o
caráter "fosco" deve prevalecer na tinta. Os especialístas
ficam assustados com a quantidade de elemento fosqueante usado para
preparar um correto "Olive Drab". Apenas isso já
vai deixar a cor do seu veículo bem perto do correto. |
JEEPS
DO NORTE DA ÁFRICA |
Os
veículos usados no Norte da África eram pintados de
areia, num padrão de cor chamado "Desert Sand".
Eram os famosos jeeps do "Special Air Service"-SAS e dos
caminhões Chevrolet do "LRDG"( Long Range Desert
Group) inglêses, os "Ratos do Deserto". O
mesmo procedimento pode ser feito para preparar essa cor, usando
uma amostra de tinta de plastimodelísmo "Desert Sand".
A cor é bem chegada ao amarelo "creme", sendo fosca
também. |
Camuflagens
Os
veículos aliados raramente eram camuflados, sendo que os
alemães eram os verdadeiros mestres na arte de camuflar seus
veículos. Um padrão muito comum nos veículos
aliados era composto de curvas pretas sobre o verde oliva, para
disfarçar o perfil do veículo |
MARCAS
E NUMERAÇÃO :
Esse assunto é muito vasto, mas aqui abordaremos os principais
aspectos sobre tipo de letra (estêncil), tamanhos, cores e marcações
mais comuns. |
Estêncil
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É o tipo de "forma" com o padrão para pintar
letras e números sobre o veículo. Havia vários
tipos de estênceis para uso nos veículos da Segunda
Guerra, ao longo de várias fases. O manual de marcas para
veículos da Segunda Guerra ainda pode ser achado em livrarias
especializadas no assunto, como a Portrayal Press, sob o código
AR 850-5 "US Military Vehicle Markings WW2" . Nele se
encontram as regras para marcação de veículos
dos mais diversos. Esse manual servia de base para as marcas, mas
muita coisa era improvisada em campo, na prática, levando-se
em conta que nem sempre havia um "artísta" para
repintar as marcações nos veículos. A melhor
maneira de pesquisar marcações é procurando
fotos de época ou de veículos BEM RESTAURADOS.
Jeep com marcas da RAF |
Entendendo
os números:
Vamos explicar da forma mais simples o que significam os números
encontrados nos veículos americanos da Segunda Guerra. O
número de oito dígitos na lateral do capô é
uma espécie de "RG" do veículo, chamado
de "hood number"(número do capô, nos jeeps),
ou "contract number", nos demais veículos. Esse
número era dado ao veículo ao sair da fábrica,
indicando o número do contrato de produção
assinado pelo governo americano com o fabricante, que indicava o
lote, data de produção e entrega do veículo,
arquivado pelo governo. Qualquer "coisa" usada pelas forças
armadas recebia esse número (aviões, tanques, navios,
motores, etc). Esse número era pintado em azul fosco ("Blue
Drab") até início de 43, quando os veículos
saíam da fábrica, mas posteriormente eram repintados
em branco fosco, com o uso constante nas operações
de reforma dos veículos em campo. Em cima do número,
havia o U.S.A., para United States Army. Esse número acompanhava
o veículo por toda sua vida útil. Até janeiro
de 42, alguns números eram precedidos da letra W, de "War
Department".
OBS: reboques recebiam um número de regístro
de 7 algarísmos, sendo o primeiro sempre "0"(zero).
Da mesma forma, vinham em "blue drab" da fábrica
e depois podiam ser repintados em branco. Os jeeps tinham todos
o prefixo 20 para o número de registro, que era composto
de 8 algarísmos, logo: 20xxxxxx sempre será um
número de registro de jeep. (com um W na frente, para antes
de janeiro de 42) |
TAMANHOS
DOS NÚMEROS E LETRAS DO CAPÔ: |
Até
janeiro de 43 (em "Blue Drab"): as letras U.S.A. e
os números eram de 2pol de altura e 1/2 pol de largura (
o mesmo para o W, caso usado). OBS: Os jeeps que vinham preparados
com supressor de ruídos (anti-estática, para poder
usar rádios), tinham o número do capô seguido
por um hífen (quadrado de 1/2pol) e pela letra S, também
em "blue drab" e no mesmo tamanho mencionado aqui. De
fevereiro de 43 em diante: os numeros e letras do capô
eram em branco, com letras e números de 3pol de altura por
1/2pol de grossura. |
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OBS:
Os jeeps que vinham preparados com supressor de ruídos
(anti-estática, para poder usar rádios), tinham
o número do capô seguido por um hífen
e pela letra S, no mesmo tamanho mencionado aqui. Exemplo:20xxxxxx-S
: jeep com supressor de ruído estático.
OBS: As dimensões do jeep eram pintadas num
quadro, com letras bem pequenas, na lateral dianteira direita,
acima do apoio do pé. |
Algumas
vezes o número de contrato era colocado na traseira do
jeep |
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Apresentamos
aqui um tipo de estêncil bastante comum, usado nos veículos
da Segunda Guerra: letras e números de 3pol para o capô
e para-choque. Letras e números de 2pol para traseira. Esse
arquivo pode ser baixado para impressão e reprodução,
nos tamanhos corretos, caso queira usá-lo para marcar seu
veículo |
MARCAS
DIVISIONÁRIAS |
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Os
números, letras e padrões que eram usados na frente
e traseira (para-choques), formavam 4 grupos de informações
(separados por hífens quadrados de 1/2pol) a respeito
do veículo, por exemplo: num jeep,(para-choque
diant., em letras e símbolos de 3pol) |
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Essa
marcação indica: |
1º
Grupo: |
O
triângulo é o símbolo que representa as divisões
blindadas, precedido do número da divisão, portanto,
esse jeep é da Segunda Divisão Blindada.
Esse
primeiro grupo de marcas indica a unidade a qual pertence o veículo.
Existem muitos símbolos e padrões para esse grupo de
marcas, sendo os mais comuns:
Divisão
de Infantaria: número arábico: 15 (décima quinta
Inf, etc),
Divisão de Cavalaria: número seguido da letra C : 7C
,
Divisão Blindada: número seguido de triângulo
de 3pol e 1/4 de grossura, 3,
etc,
Corporação: numeral romano: XV, etc,
Corporação de cavalaria: romano seguido de C: VIIC
Corporação Blindada:romano seguido de triangulo de 3pol
e 1/4 de grossura: IV
Exército: número arábico seguido da letra A :
5A
Aeronáutica: número arábico seguido de estrela
de 3pol.
Os
livros sobre marcas oferecem uma enorme quantidade de abreviaturas
e numerais corretos para as unidades. Vale a pena uma pesquisa, caso
queira marcar seu veículo de forma coerente. |
2º
Grupo: 702TD |
Nesse
caso, as letras TD indicam "Tank Destroyer", ou batalhão
anti-tanque, sendo 702, o número do batalhão, que
estava alocado na .Esse
grupo indica o Regimento, Grupo, Brigada ou Batalhão, incluido
na Unidade indicada pela marcação do 1º grupo.
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Os
livros sobre marcas oferecem uma enorme quantidade de abreviaturas
e numerais corretos para as brigadas e batalhões. Vale
a pena uma pesquisa, caso queira marcar seu veículo
de forma coerente. |
As
marcas mais comuns eram: |
M:
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corpo
medico |
AB: |
paraquedista |
O:
|
ordenança |
Estrela
de 3pol: |
Força Aérea do Exército |
Q:
|
intendência |
AA: |
Anti Aérea |
S:
|
Comunicação |
AM: |
anfíbia |
TD:
|
anti-tanque |
E: |
engenharia |
TG:
|
grupo
de tanque |
F: |
artilharia |
R: |
reconhecimento
|
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3º
Grupo: C |
Indica
a companhia onde o veículo está alocado: no caso,
companhia C.
Em
geral, as companhias eram designadas apenas por uma letra, referente
a quantidade de companhias que cada divisão possuia: A, B,
C, D, etc
|
4º
Grupo: 4 |
Esse
grupo determina a ordem do veículo em combôio:Esse
veículo está em quarto lugar na ordem de marcha. |
NA
TRASEIRA
Os grupos de informação eram divididos em dois,
superpostos de cima para baixo, nas áreas que pudessem
ser pintados com letras de 2pol. Exemplo: |
xxxxxxxxxxxxxxxxC |
702TD
xxxxxxxxxxx4 |
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Resumindo:
veículo da 2a div. Blindada, do bat. Anti-tanque 702, pertencente
a companhia C, em quarto lugar na ordem de marcha.
OBS:
Os reboques recebiam o número imediatamente posterior ao do
veículo que o reboca, indicado na ordem de marcha. Por exemplo:
|
o
jeep:-702TD---xx---C-4
reboca o trailler -702TD---xx--C-5 |
AS
ESTRELAS, FINALMENTE
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No
veículos da Segunda Guerra, a estrela branca de cinco pontas
representava os Estados Unidos, em todos os veículos, desde
agôsto de 42. Com a chegada de tropas americanas na África
do Norte, a estrela foi inscrita em um círculo branco cheio,
que foi usado até o desembarque na Sicília em 43.
Alguns raros círculos amarelos foram usados. De
44 em diante, as estrelas no teatro de operações europeu
eram inscritas num círculo espaçado de cinco curvas,
para cada ponta da estrela, representando as forças de coalisão
Aliadas.
Com
o tempo, descobriu-se que esses círculos ofereciam um ótimo
"ponto de mira" para o fogo inimigo, sendo muitas vezes
escondidos ou mesmo apagados dos veículos nas operações. |
TAMANHO
DAS ESTRELAS |
As
estrelas eram pintadas no limite de espaço encontrado nas
superfícies do capô, traseira e laterais dos veículos.
Eram de 36, 32, 25, 22, 15, 6 e 3 pol de diâmetro, para serem
pintadas onde coubessem. Com um pouco de habilidade, pode-se improvisar
uma estrela de 5 pontas bem simétrica, cortar no padrão
e aplicar sobre o veículo, nos tamanhos desejados, para realizar
a marcação. Em breve, mostraremos o padrão
usado pela FEB nas viaturas usadas na Itália durante a II
Guerra. |
Estrela de 25 pol inscrita em círculo de 3pol de largura, sendo
preparada numa Dodge WC-51.
Em geral, os jeeps recebiam uma estrela de 15pol no capô, colocada
com a ponta superior virada para o para-brisas, numa distancia de
1 1/2 pol da dobradiça do capô, para que a estrela fosse
visível com o para-brisas abaixado. Essa medida era até
desnecessária, pois muitas vezes o para-brisas era coberto
com uma capa para evitar reflexos dos vidros sob o sol ou luzes noturnas.
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contato@cvmarj.com.br
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