Restaurações "Onde Encontrar e Como Restaurar Devidamente um VM"
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HISTÓRIA E RESTAURAÇÃO DE UM JEEP
HISTÓRIA E RESTAURAÇÃO DE UM JEEP
O CVMARJ disponibiliza o trabalho detalhado da restauração de um Kaiser M606, feito pelo Marcos Muralha.
Faça o download e aprenda tudo que diz respeito a esse jeep na sua versão militar.
clique aqui (arquivo em Power Point - 4Mb)
Saiba de onde vem o apito do trem…
Conhecer um veículo militar faz parte do processo de restauração. Suas características originais devem ser mantidas ao máximo. Veja na sessão HISTÓRIA, dados fotos e detalhes de cada um dos veículos mais facilmente encontrados aqui no Brasil e comece seu projeto. Tenha paciência e seja obstinado, pois esse processo pode levar anos (e muita grana!) até sua finalização.
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Rosita RH-clique
Claro que você pode fazer o que quizer com seu veículo, pintá-lo de roxo, colocar pneus "Big Foot", vidros fumeé. Mas aí você vai ter que procurar o "Clube dos Veículos Militares Presepados"! Talvez seja de alguma valia mencionar o que "jamais fazer" ao restaurar um veículo militar:
Preparo
Jamais colocar rodas esportivas e pneus não específicos para o veículo
Jamais usar pinturas brilhantes ou metalizadas
Jamais usar cromados e latão polido
Jamais colocar bancos esportivos
Jamais usar capotas, correias, tapetes, carpetes ou estofamento de vinil ou nylon para veículos da II Guerra
Jamais substituir o motor, câmbio, suspensão e peças vitais originais
Jamais "preparar" um veículo militar para trilhas: compre um Land Rover
Jamais alterar as formas, soldas, furos e ressaltos originais da lataria
Jamais pendurar guinchos, quebra matos farois de milha e santo antônios
Jamais alterar a altura e largura dos eixos, amortecedores e feixos de mola
Jamais cobrir o veículo com adesivos e números sem sentido
Jamais instalar Insulfilm, ar condicionado, cd player, tv e máquinas de expresso em veículos militares(!)
Nossa ironia esconde o mais profundo lamento e tristeza ao ver um veículo militar antigo pintado de prateado, com estofamentos e carpetes grafite e reluzentes quebra-matos e santo antônios cromados, um verdadeiro crime de lesapatrimônio…
Serviço especializado
clique para ampliarSe você está habilitado a fazer sozinho a restauração do seu veículo, parabéns. Se você não tem a habilidade e o ferramental para fazê-lo, terá que levar a sua "jóia" até uma oficina que comece os serviços de restauração. Tome cuidado. Não é qualquer oficina que vai ser capaz de prestar os devidos trabalhos para levantar o seu veículo. Mais adiante, vamos cadastrar as oficinas especializadas em restaurar veículos militares na área do Rio de Janeiro, além de outros estados.
Para começar o trabalho, o ideal seria uma completa desmontagem e raspagem de todas as peças da carroceria, chassis, rodas, motor, caixa de câmbio e todas as partes dos sistemas vitais (radiador, carburador, elétrica, escape...), verificando o que está em bom estado e providenciando novas peças onde for necessário. Muitos desses veículos tiveram seus comandos no painel alterados, devendo ser recolocados na configuração original (detalhes em HISTÓRIA). A fiação das luzes, arranque e demais componentes elétricos, deve ser refeita com atenção para o tipo de fiação utilizada no chicote (fios de pano para os mais antigos).
Em LINKS se encontram endereços de lojas com todo tipo de peças originais para vários veículos. Ainda estamos levantando os endereços de oficinas ou lojas que vendam peças novas que podem ser usadas sem problemas no lugar de peças originais (mande sua dica no Forum, caso saiba de alguma…).
Não deixe que o funileiro altere as frestas, furos e ressaltos originais da carroceria ou do chassis. Para isso, é necessário que você mostre detalhes em fotos ou gravuras de como são essas partes quando montadas. Depois da raspagem, deve-se aplicar o primer, que evita a corrosão e serve de base para a pintura final, em todas as partes das chapas internas e externas da carroceria suspenção e chassis, antes da montagem do motor e outras partes. Muitas dessas peças possuem cores específicas. Veja detalhes em HISTÓRIA, para cada tipo de veículo.
Para a pintura final, devemos tomar muito cuidado. Descubra qual é a cor correta para o seu veículo, de acordo com a época que foi usado, modelo e fabricante (cor usada no motor), ou caso prefira usar camuflagem ou outra pintura específica (ambulância, cor de areia...). No geral, veículos da época da Segunda Guerra chegavam ao Brasil já pintados com o mesmo verde oliva fosco que saia das fábricas americanas, conhecido como Olive Drab (drab= opaco, sem brilho). Esse tipo de verde oliva é facilmente reproduzido com uma amostra de tinta para plastimodelísmo na cor "WWII Olive Drab", levada para ser reproduzida numa casa de tintas automotivas. A quantidade de 3 galões é suficiente para pintar um jeep. Não se preocupe com a discussão de "qual o olive drab mais correto", pois na época da guerra, muitos fabricantes diferentes forneciam a mesma cor para as fábricas, com diferenças sutis. São muitos contrastes do olive drab em restaurações de veículos da época, o que ficou claro na feira de Beltring, em Junho de 2000.
M-8 trailerApós a Segunda Guerra, o verde oliva ficou com um tom mais escuro, chamado de Olive Green. Portanto, veículos dessa época (Guerra da Coréia) devem ser pintados com esse verde mais escuro. Mais uma vez, reproduza o Olive Green de alguma tinta para plastimodelísmo dessa cor, numa loja de tintas automotivas. Até os anos 60 e 70, essa cor foi muito usada nos veículos que serviram no Vietnã, como os M-151, caminhões REO, Dodges M-37, etc… O correto posicionamento de acessórios e ferramentas deve ser observado em fotos de época e gravuras de manuais de instrução dos próprios veículos (volte em HISTÓRIA). O requinte de conseguir essas partes - galões de água ou gasolina, pás, machados, picaretas, porta fuzil, ferramentas, rádios... - faz a diferença no final da restauração, podendo ser originais de época ou reproduções corretas fabricadas hoje. Outro detalhe importante é a correta colocação de insignias e marcas divisionárias no veículo. Esse asssunto é muito extenso e estamos preparando um capítulo específico a respeito, com todos os detalhes e sutilezas. Por enquanto, procure na sessão LINKS os sites de "Military Stencils", usados para pintar as letras, números e estrelas mais facilmente no seu veículo…
Adaptações "aceitáveis"
CLIQUEMuitas vezes, adaptações são necessárias ao fim de uma restauração, e não vai ser isso que colocará em risco todo o seu valioso trabalho. Muitos jeeps são modificados de 6 para 12 Volts, facilitando a ignição e manutenção da bateria. Muitas Dodges WC são melhoradas no sistema de freios, uma fraqueza desse tipo de veículo. Muitas Dodges possuem melhorias no freio, até mesmo com a adaptação de um sistema hidrovácuo. Da mesma forma, alguns carburadores podem ser usados no lugar dos originais (carburador de Chevette para jeeps e de C-20 para Dodges). Não esquecer que estes ítens contam pontos valiosos na avaliação de originalidade para obtenção de chapa preta (um mínimo de 70% de ítens originais). Ainda nesse quesito, lembramos que estamos levantando todas as peças que podem substituir sem problemas partes originais de jeeps e Dodges, além de outros veículos maiores e onde encontrá-las. Em breve nessa sessão.
Resumo:
Procure encontrar um veículo de preço coerente com o estado de conservação
Procure oficina capacitada para realizar a restauração cuidadosamente
Leve todo tipo de informação possível para quem estiver fazendo o trabalho (fotos, gravuras, manuais, textos, livros, revistas, etc)
Verifique o estado das partes vitais do veículo (sistemas de freio, elétrico, carburação, suspensão, válvulas, pistões, fiação, etc) e providencie peças novas caso necessário, para uma recomposição completa de tudo
Procure fazer a parte de estofamento, correias e presilhas corretamente (não havia partes de nylon ou viníl nos veículos da Segunda Guerra), observe os modelos existentes e encomende nos sites aqui sugeridos ou mande um bom capoteiro/estofador reproduzi-los
Procure a cor correta para o veículo, de acordo com a época em que foi fabricado e usado em serviço: verde oliva fosco (olive drab) na Segunda Guerra, verde oliva escuro (Olive Green) de 1945 em diante, areia (Desert Sand) para veículos inglêses usados no Norte da África até 1943, etc. Depois, copiar amostras de cores de tintas de plastimodelísmo na confecção de tinta automotiva para o acabamento do seu vm (Obs: trazer tinta importada dos EUA ou Inglaterra é uma operação muito complicada e cara, sendo muito mais fácil e barato reproduzir a tinta da maneira aqui explicada)
Para uma restauração impecável, pesquise as marcações corretas para o seu veículo. Em breve, teremos um capítulo exclusivo sobre marcas divisionárias, padrões corretos de estênceis militares, como aplicá-los, etc...
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